quinta-feira, 9 de abril de 2015

SOMA



A casa é o cosmo
Abrigo de ócios
e malabares
O lixo, a louça, a falta
Rachadura nova
Morcego
Janela que não trava

De noite o chão da sala apruma as costas
Luz de vela
Teatro de sombras, medos antigos, mantimentos
Canteiro de obras
Aproveitamento de sobras

A casa me habita
é órgão recente:
Implantado.



foto: Mery Lemos

2 comentários:

Thaísa Campos disse...

Muito bom seu poema ! Também me atrevo ás vezes a escrever poemas... Tentativas frustradas claro ! Mas tento. rsrs Se você estiver com um tempinho poderá dá uma olhadinha em meu blog também.

Thaísa Campos disse...

A escrita do absurdo http://aescritadoabsurdo.blogspot.com.br/