quinta-feira, 9 de abril de 2015

SOMA



A casa é o cosmo
Abrigo de ócios
e malabares
O lixo, a louça, a falta
Rachadura nova
Morcego
Janela que não trava

De noite o chão da sala apruma as costas
Luz de vela
Teatro de sombras, medos antigos, mantimentos
Canteiro de obras
Aproveitamento de sobras

A casa me habita
é órgão recente:
Implantado.



foto: Mery Lemos