Há dias assim. Em que é preciso. Que os cristais escorreguem da estante. E os livros mofem na prateleira. Há dias. Em que é preciso. Que o juízo todo vire absurdo impensável. E certezas velhas virem idéias vagas. Dissolução de valores. Desarmamento de braços. De ombros. De ancas. Profusão de caleidoscópio. Entre ácido ócio vício e vértice. Sobre o cáustico e o caótico. Entre as pernas e as sobras. Sobre os olhos e a fresta. Há dias assim. Em que é preciso. Considerar o tamanho da alma na dimensão do alpendre.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Verdade, Ester Liu. Há dias que a gente tem que tomar uma cerveja pra desentalar as calúnias que cicatrizam o silêncio.
Pois é... cerveja é bom pra essas coisas (também).
Alma que se limita ao alpendre, morre pequena, vendo de fora a vida que lhe passa... Ficou lindo, mo bem! E parabéns à Mery também. Beijo
Fico grata, Jura... bom receber um comentário seu (de público)
Há dias, simplesmente, querida...e o mais delicioso e poético é vivê-los cada dia, como água nova molhando nossos pés "clariceando" a gente de forma única, cada dia...lindo e vivo!
Postar um comentário